Sinttromar apresenta ao prefeito queixas dos motoristas da TCCC

Dirigentes do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) foram recebidos pelo prefeito Ulisses Maia (PDT), em seu gabinete, na noite desta quinta-feira (19). Na reunião foram discutidas melhores condições de trabalho para os motoristas, em especial na área do terminal urbano, e as constantes queixas de superlotação nos micro-ônibus da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC).

 

O Sinttromar esteve representado pelo presidente Ronaldo José da Silva e por outros quatro membros da diretoria. O vereador Mário Verri (PT) participou da reunião, em apoio às reivindicações dos motoristas. Ulisses tomou nota das demandas da categoria e deixou agendados os próximos dois encontros com as lideranças sindicais.

 

Na segunda-feira, antevéspera do Natal, o prefeito acompanhará os dirigentes do Sinttromar em uma visita, às 9 horas, ao amplo Terminal Intermodal. O sindicato cobra uma sala de descanso para os motoristas e não apenas um espaço administrativo para a TCCC. Para 3 de fevereiro ficou agendada reunião para iniciar as conversas sobre a data-base dos trabalhadores da TCCC – companhia que detém a concessão para operar o transporte público em Maringá.

 

Terminal Intermodal

A sala de descanso trará mais dignidade para os trabalhadores. “A questão ali é precária. Os motoristas estão tendo de descansar nos bancos da praça. Isso é ruim para os funcionários, para a entidade sindical, para o município, para todo mundo”, comentou o dirigente Emerson Viana da Silva.

 

Os casos de violência no entorno do terminal também foram lembrados. O Sinttromar cobra providências da Prefeitura e também da TCCC, que é responsável solidária pela segurança dos trabalhadores. Ulisses disse que pedirá à Guarda Municipal para que sejam intensificadas as ações no local. Essas questões do terminal voltarão a ser debatidas na visita in loco de segunda-feira.

 

Micro-ônibus

Recentemente, a TCCC adquiriu 15 novos micro-ônibus, ao invés dos veículos convencionais. Desde então, as queixas dos motoristas só aumentaram. A principal reclamação é de que esses ônibus menores, todos sem ar-condicionado, estariam sendo usado nas linhas com grande número de passageiros.

 

Indignados com a superlotação desses veículos, os usuários do transporte público têm descontado sua irritação nos motoristas, que não são responsáveis pelas decisões da empresa. Segundo relatos dos motoristas, os micro-ônibus são usados também nos horários de pico, contrariando um acordo firmado com a prefeitura, segundo palavras do próprio prefeito. “Houve uma conversa com a TCCC para que esses ônibus [menores] fossem usados em linhas e horários com poucos passageiros”, disse Ulisses.

 

Ficou acordado que o Sinttromar ajudará a pontar em quais linhas há o uso indevido dos micro-ônibus. Ulisses disse que essas informações ajudarão a Prefeitura a adotar medidas para solucionar o problema. O Sinttromar sugeriu que fiscais do município atuem nos horários de pico, em especial no início da manhã. Algumas linhas foram mencionadas, como dica para os ficais.

 

Condições de trabalho

O Sinttromar também cobrou melhores condições de trabalho e reclamou da aquisição dos 15 micro-ônibus sem ar-condicionado. No verão, a situação dos trabalhadores e também dos passageiros nesses veículos, tantas vezes superlotados, é insalubre. “É necessário pensar um pouco na saúde do trabalhador”, disse Emerson.

 

Os dirigentes dizem que a situação do transporte público de Maringá – caro, superlotado, desconfortável e com poucos horários – faz com que os usuários, cada vez mais, passem a optar pelo transporte individual por meio de aplicativos. Hoje, uma passagem paga no dinheiro custa R$ 4,50. Segundo exemplo dado pelos sindicalistas, dependendo da distância percorrida, para duas pessoas juntas o Uber já sai mais em conta.

Dirigentes do sindicato em reunião com o prefeito Ulisses Maia e o vereador Mário Verri – Foto: Luiz Fernando Cardoso/Sinttromar

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