Sinttromar recebe denúncias de assédio moral de motoristas da TCCC e Cidade Verde

O ano começou com maus exemplos da parte de algumas empresas do ramo de transporte de passageiros. Casos de assédio moral têm sido denunciados por motoristas da TCCC e Cidade Verde ao Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar). Segundo relatos, chefias têm dito aos trabalhadores que “vai ter facão” – expressão popular do meio que significa que haverá demissões.

 

Infelizmente, ameaças de demissão como forma de amedrontar a categoria não são novidade. “Fazem isso para que os trabalhadores não reclamem de irregularidades. Isso é assédio moral”, comenta Ronaldo José da Silva, presidente do Sinttromar. “Assédio moral no ambiente de trabalho é crime, com pena de detenção de um a dois anos, além de multa, segundo a lei”, acrescenta o presidente.

 

De acordo com o secretário do Sinttromar, Emerson Viana da Silva, esse foi o mesmo método que a TCCC e a Cidade Verde – concessionárias do transporte público municipal e metropolitano, respectivamente – usaram no período da data-base. “Eles tentam jogar os trabalhadores contra o sindicato, na base do medo. Tudo para reduzir direitos trabalhistas e para pagar menos aos trabalhadores”, esclarece o dirigente.

 

O Sinttromar lembra que a TCCC, por exemplo, tem um contrato de concessão com o município e que há uma demanda antiga por melhorias no transporte público. As queixas dos passageiros quanto à falta de linhas e à superlotação são constantes. E não há como promover as melhorias necessárias com demissões e, muito menos, com a desvalorização e desmotivação dos motoristas. “É preciso que expliquem muito bem quais seriam as razões dessas demissões”, diz Emerson.

 

Dirigentes do sindicato vão se reunir com representantes da TCCC e da Cidade Verde para cobrar que esses casos de assédio moral não ocorram mais. Numa disputa democrática entre patrões e sindicato (representando os trabalhadores) crimes não podem ser tolerados. Se o problema persistir, o Sinttromar tomará as medidas legais, como a denúncia ao Ministério Público; e também adotará medidas políticas, como manifestações e até mesmo paralisações. A data da reunião ainda não foi definida.

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