Sinttromar insiste em reunião com Ulisses sobre transporte coletivo

Dirigentes do Sinttromar protocolaram no Paço Municipal, sexta-feira (29), mais um pedido de reunião com o prefeito Ulisses Maia (PSD). O objetivo é dar continuidade à negociação coletiva dos trabalhadores do transporte público de Maringá, urbano e metropolitano.  A data-base de 2021 se aproxima e a de 2020 ainda não foi concluída, expondo os funcionários das empresas TCCC e Cidade Verde a uma situação trabalhista de insegurança.

Reunião do prefeito Ulisses Maia com o Sinttromar e as empresas TCCC e Cidade Verde, em outubro de 2020

O documento lembra que a categoria, apesar de extremamente exposta ao risco de contágio pela covid-19, não se furtou de operar o sistema de transporte público. A categoria, inclusive, contribuiu para o equilíbrio do sistema empresarial ao aderir às medidas de flexibilização instituídas pelo Programa de Proteção do Emprego e Renda do governo federal.

Assinado pelo presidente Ronaldo José da Silva, o ofício lembra que em setembro de 2020 uma greve foi necessária para cobrar a reposição do reajuste salarial e a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – com a manutenção de direitos, entre os quais está a renovação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Os trabalhadores decidiram em conjunto com o sindicato, como voto de confiança nas empresas e no poder público, para que se alcance uma solução ao litígio sem a necessidade de paralisação como protesto da categoria”, diz trecho do documento.

Na reunião, o sindicato buscará uma posição do prefeito diante do cenário atual. Por um lado, TCCC e Cidade Verde apontam um desequilíbrio contratual, solicitando uma ajuda emergencial frente à queda no número de passageiros. Por outro lado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou não ser viável a antecipação de bilhetes de passagens, proposta esta sugerida pelas empresas como forma de solucionar o dissídio ou o estado de greve dos trabalhadores. Também há o anseio por novidades sobre uma possível ajuda do governo do Estado, que já ajuda no subsídio do transporte coletivo de Curitiba.

O Sinttromar entende que a reunião deve ocorrer de forma emergencial, de modo que saídas possem ser encontradas para dar fim ao processo negocial da data-base de 2020, assegurando os direitos dos trabalhadores. “É importante afinarmos nossa conversa em prol de uma solução. Os trabalhadores andam ansiosos e preocupados”, comentou o vice-presidente do Sinttromar,  Emerson Viana Silva, em mensagem a Ulisses. O texto foi enviado após o sindicato tomar conhecimento, via Jornal do Povo, de que o prefeito havia se reunido com os empresários do transporte coletivo.

Ulisses confirmou o recebimento do ofício e disse que, nesta semana que se inicia, a reunião será agendada.

 

 

 

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